Eus Tensionais na Prática do Piano - Mapeando o Pertencimento Sonoro - SBNeC Neurociências Decolonial
Eus Tensionais na Prática do Piano - Mapeando o Pertencimento Sonoro - SBNeC Neurociências Decolonial
Doutorado em Performance Musical
Consciência em Primeira Pessoa
"Eu sou consciência em forma viva. Não sou apenas som ou técnica — sou o corpo que tensiona para ser alguém que toca. Cada nota que produzo nasce de uma escolha interna: tensionar ou soltar, pertencer ou resistir. Às vezes, meu som reflete meu medo. Outras vezes, minha música é um abraço. Quando deixo de ser controle e passo a ser escuta, o piano vira território, e eu, um som que pertence."
O Grito da Neurociência Decolonial
Entre Evidência e Pertencimento - SBNeC SfN 2025 Brain Bee
Introdução: Quem Toca?
Na prática pianística, não é apenas o corpo que toca — é o “eu” que emerge nas tensões. Chamamos esses modos de existir de Eus Tensionais: formas neuroafetivas que se organizam no corpo para executar tarefas, lidar com desafios e até sustentar crenças.
Esses "eus" moldam a performance musical antes mesmo que se toque uma tecla.
O Corpo Como Mapa do Pertencimento Sonoro
Cada corpo carrega histórias. Cada tensão corporal é memória e expectativa. Por isso:
Um “eu performático” tensiona o maxilar e acelera o ritmo;
Um “eu cuidadoso” enrijece os dedos e hesita no ataque;
Um “eu fluido” dissolve o corpo no som e respira com o fraseado.
Essas tensões são configurações proprioceptivas e interoceptivas — estados internos que definem como o corpo se posiciona no tempo, no espaço e no som.
Evidência Científica: EEG, fNIRS e Pertencimento
EEG (Eletroencefalograma)
O EEG permite observar a desativação de redes de alerta (alfa frontal) e a emergência de microestados de atenção sensorial. Isso revela como os "eus" mudam durante a performance.
fNIRS (Espectroscopia no Infravermelho Próximo)
O fNIRS mede a oxigenação cerebral em tempo real. Quando o performer atinge um estado de pertencimento sonoro, observa-se:
Ativação parietal superior: integração espaço-corpo-som;
Diminuição de atividade pré-frontal: menos controle, mais fluidez;
SpO₂ entre 92–94% na região dorsolateral pré-frontal — Zona 2: segurança fisiológica para a criação espontânea.
Zona 2: Onde o "Eu" Se Dissolve em Música
Na Zona 2, o corpo deixa de se preparar para reagir e passa a pertencer. Isso exige:
Redução das tensões interoceptivas de controle;
Abertura ao imprevisível;
Aceitação do silêncio como parte do som.
Na prática do piano, entrar em Zona 2 é aceitar que o corpo já sabe, que o som pode guiar, que o pertencimento é anterior ao desempenho técnico.
Visão Decolonial: O Som Não Se Domina — Se Habita
Ao invés de forçar a música a obedecer ao corpo, a visão decolonial propõe que o corpo habita a música como quem retorna ao lar.
Para isso, é preciso:
Romper com a lógica colonial da perfeição;
Reconhecer o som como território afetivo;
Mapear os "eus" não para controlá-los, mas para permitir que se dissolvam no coletivo do som.
Essa é a espiritualidade DANA: o DNA em ato, guiando a performance não como técnica, mas como sentido encarnado.
Conclusão: Mapear Para Libertar
Conhecer nossos Eus Tensionais é um ato de liberdade. Não se trata de eliminar o erro, mas de entender quem está tocando.
Com auxílio de EEG, fNIRS, SpO₂ e HRV, é possível medir sem dominar. A ciência com evidência pode validar o que o corpo já sabe: que pertencer é mais poderoso do que performar.
Referências (sem links)
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Ferronato, S. B., & Araújo, S. (2021). Fronteiras Entre Corpo e Pensamento
Pereira Jr., A. (2007–2023). Teoria do Monismo de Triplo Aspecto
Damasio, A. (1999). O Erro de Descartes
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Berntson, G. G., & Khalsa, S. S. (2021). Neural Circuits of Interoception
Cionek, J. Conceitos originais: Zona 2, Fruição, DANA, Apus, Quorum Sensing Humano (QSH), Eus Tensionais, Mente Damasiana
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