Music Perception and Cognition - How NIRS and EEG can help

A combinação de NIRS e EEG oferece uma abordagem multimodal poderosa para estudar a percepção e cognição musical, permitindo a análise tanto da atividade elétrica cerebral rápida (EEG) quanto das respostas hemodinâmicas (NIRS).

Icmpc 18 Music Perception and Cognition

1. Estudos de Resposta Neural a Diferentes Elementos Musicais

   - Harmonia, Ritmo e Melodia: Investigar como o cérebro processa diferentes componentes musicais, combinando a alta resolução temporal do EEG (para capturar respostas rápidas, como ERPs - Event-Related Potentials) e a resolução espacial do NIRS (para localizar regiões ativadas, como córtex auditivo e pré-frontal).  

   - Dissonância vs. Consonância: Analisar como o cérebro reage a acordes dissonantes versus consonantes, medindo tanto as oscilações neurais (EEG) quanto o fluxo sanguíneo (NIRS) em áreas relacionadas à emoção e processamento auditivo.  

2. Emoção e Música  

   - Respostas Afetivas a Diferentes Gêneros Musicais: Usar EEG para capturar potenciais relacionados a emoções (como o LPP - *Late Positive Potential*) e NIRS para monitorar ativação em regiões límbicas e pré-frontais.  

   - Música e Memória Emocional: Verificar como músicas associadas a memórias pessoais ativam o córtex pré-frontal e o hipocampo (via NIRS) enquanto o EEG registra padrões de conectividade neural.  

3. Percepção Rítmica e Sincronização 

   - Sincronização Neural ao Ritmo (Neural Entrainment): O EEG pode capturar oscilações na faixa de theta e beta relacionadas ao processamento rítmico, enquanto o NIRS pode identificar áreas motoras suplementares (SMA) e cerebelo ativadas durante a batida do pé ou dança.  

   - Efeito do Groove: Investigar como ritmos com alto groove (que induzem movimento) modulam a conectividade entre córtex auditivo e motor.  

4. Cognição Musical e Aprendizado  

   - Treinamento Musical e Plasticidade Cerebral: Comparar músicos e não-músicos, usando EEG para analisar respostas neurais (como P300) e NIRS para observar mudanças no córtex auditivo e pré-frontal devido ao treino.  

   - Improvisação Musical: Estudar a ativação do córtex pré-frontal dorsolateral (NIRS) e padrões de dessincronização alpha (EEG) durante a criatividade musical.  

5. Interação Social e Música  

   - Sincronização Interpessoal em Duetos ou Grupos: Usar EEG hyperscanning (gravação simultânea de múltiplos participantes) para estudar acoplamento neural, enquanto o NIRS monitora ativação em áreas sociais (como TPJ - *emporo-Parietal Junction).  

   - Música e Teoria da Mente: Analisar como o cérebro processa intenções musicais em contextos colaborativos.  

6. Aplicações Clínicas e Terapêuticas  

   - Musicoterapia em Transtornos Neurológicos: Avaliar como pacientes com Parkinson, demência ou depressão respondem à música, combinando marcadores neurais (EEG) e hemodinâmicos (NIRS).  

   - Processamento Musical no Autismo: Verificar se há diferenças na sincronização neural ou ativação do córtex temporal superior em resposta a estímulos musicais.  

Vantagens da Abordagem Multimodal (EEG + NIRS)  

- EEG: Alta resolução temporal (milissegundos), ideal para capturar respostas rápidas (ERPs, oscilações).  

- NIRS: Boa resolução espacial (centímetros), permitindo localizar regiões cerebrais ativadas.  

- Complementaridade: Enquanto o EEG mostra quando o cérebro responde, o NIRS mostra onde.  

Esses experimentos podem ser apresentados em conferências como a ICMPC (International Conference on Music Perception and Cognition) e publicados em revistas como Frontiers in Neuroscience of Music Perception.