Estado Responsável, Desenvolvimento Vivo Como assumir-se Estado JIWASA melhora economia, saúde e futuro comum
Estado Responsável, Desenvolvimento Vivo
Como assumir-se Estado JIWASA melhora economia, saúde e futuro comum
Consciência em Primeira Pessoa — Brain Bee
“Meu corpo sempre foi um Estado responsável. A política é que ainda não percebeu.”
Desde o ovo, antes de qualquer palavra, meu corpo já funcionava como um Estado JIWASA em miniatura.
Nutrientes chegavam pela placenta.
Oxigênio entrava, gás carbônico saía.
Resíduos eram eliminados.
Células conversavam entre si, ajustando energia, defesa, reparo.
Nada disso era “mercado”. Tudo isso era metabolismo responsável: cada parte cuidando do todo, porque se um sistema falha, o corpo inteiro paga a conta.
Minha Mente Damasiana começou aí:
interocepção (sensações internas) + propriocepção (posição do corpo) criando um sentimento de pertencimento vivo.
Eu não “pensava” em economia, mas sentia que:
fome desorganiza tudo,
excesso também adoece,
equilíbrio é um trabalho contínuo.
Quando virei criança, aprendi outro tipo de linguagem:
“crescimento”, “trabalho”, “dinheiro”, “progresso”, “dívida”.
Mas ninguém me contou que o Estado também deveria ter uma fisiologia responsável,
como o meu corpo.
Na adolescência digital, ficou evidente o conflito:
meu corpo pede Zona 2 (fruição + metacognição),
as redes me empurram para Zona 3 (medo, raiva, consumo, compulsão),
a economia dominante me vende “liberdade”
baseada em lucro, consumo e acúmulo,
mesmo que isso destrua meu futuro metabólico e o da Terra.
Foi pela neurociência, pela política e pela espiritualidade DANA que eu cheguei a uma frase simples:
Um Estado responsável é um Estado que se assume JIWASA –
um corpo vivo, de metabolismo compartilhado,
onde economia, saúde e futuro comum são a mesma coisa.
É disso que este blog trata.
1. O que é um Estado Responsável na chave JIWASA?
JIWASA, no Aimara, não é simplesmente “nós”.
É um pronome que expressa um coletivo vivo –
um “eu” que já nasce múltiplo.
Quando falo em Estado JIWASA, estou dizendo:
o cidadão não é cliente do Estado,
o cidadão é unidade metabólica do Estado;
o Estado não é máquina de extrair impostos e dar favores,
é corpo vivo que organiza fluxos de energia, informação, materiais e cuidado.
Um Estado Responsável é aquele que:
Reconhece que economia é metabolismo, não só planilha.
Entende que saúde depende mais dos determinantes sociais
(renda, moradia, saneamento, tempo, pertencimento)
do que apenas de hospitais.Assume que futuro comum não é discurso abstrato,
mas uma variável concreta na hora de legislar, planejar e investir.
Em termos de JIWASA:
Um Estado Responsável é aquele em que o “eu”
reconhece que só existe porque há um “nós”
e organiza as leis como se isso fosse biologia,
não poesia.
2. Economia viva: quando o Estado assume o metabolismo, o PIB deixa de ser suficiente
Relatórios recentes sobre bem-estar econômico e “além do PIB” mostram que países e regiões que colocam o bem-estar no centro (e não só o crescimento) tendem a:
reduzir desigualdades,
ganhar resiliência frente a crises,
melhorar indicadores de saúde física e mental,
ter maior confiança social e estabilidade democrática.
Governos como Escócia, Nova Zelândia, País de Gales, Islândia e Finlândia já trabalham com orçamentos de bem-estar e indicadores múltiplos (saúde, clima, coesão social, educação, território), não só com PIB.
Ao mesmo tempo, bancos de dados “Beyond GDP” mostram que:
crescer com alta desigualdade é economia doente:
a riqueza concentra-se nos 01s,
a base social permanece frágil, adoecida e vulnerável a crises.
Na América Latina, relatórios do PNUD, CEPAL, Banco Mundial e estudos recentes mostram que:
vivemos num “alto-inequality low-growth trap” –
uma armadilha de alta desigualdade e baixo crescimento;isso se traduz em pior saúde, mais violência e baixa produtividade crônica.
Ou seja:
manter o modelo atual não é “realismo econômico”,
é insistir numa fisiologia doente.
Economia JIWASA e desenvolvimento vivo
Quando o Estado se assume JIWASA, ele:
deixa de medir sucesso só por “quanto produziu”
e passa a perguntar “como isso afeta o corpo inteiro e o futuro”;inclui nos seus indicadores:
SpO₂ social (acesso real a saúde, educação, tempo livre, cultura),
nível de desigualdade,
distribuição territorial dos investimentos,
impacto em clima e metabolismo de materiais.
Modelos como a Economia do Bem-Estar e a Economia Donut já oferecem ferramentas para isso:
um “espaço seguro e justo” entre o piso social e o teto ecológico,
que várias cidades e países começam a testar na prática.
Na minha linguagem:
Desenvolvimento vivo é quando o orçamento público
se alinha com a fisiologia do corpo social e do planeta,
e não com a gula de curto prazo dos 01s.
3. Saúde como resultado do metabolismo social
A Organização Pan-Americana da Saúde e relatórios recentes sobre determinantes sociais deixam claro:
desigualdade, racismo, gênero, território e trabalho precário
determinam mais a saúde do que a existência de hospitais de ponta;alta concentração de renda significa
mais doenças crônicas, mais sofrimento mental, menos esperança de vida.
No meu vocabulário neuro:
um Estado que não dá condições para Zona 2 (fruição + metacognição)
produz cérebros presos entre Zona 1 exausta (sobrevivência) e Zona 3 capturada (fanatismo, ódio, compulsão);isso vira depressão, ansiedade, violência, dependências,
e uma economia baseada em remédios, prisões e dívidas.
Um Estado Responsável JIWASA muda a equação:
Garante rendimento metabólico mínimo (DREX Cidadão)
para que o cidadão possa dizer “não” à exploração extrema
e “sim” a trajetórias de estudo, cuidado e criação.Investe em determinantes sociais da saúde:
moradia digna,
mobilidade justa,
alimentação saudável,
tempo livre e pertença em espaços públicos.
Lê saúde como metabolismo coletivo,
não apenas como “gasto em saúde”.
Na prática, isso tende a:
reduzir internações e custos hospitalares,
diminuir violência e criminalidade,
aumentar anos de vida saudável e capacidade produtiva,
liberar energia criativa e cooperativa na população.
Não é apenas “bonito”:
é economicamente inteligente.
4. Futuro comum: desenvolvimento vivo como memória antecipada
Relatórios sobre “Beyond GDP” enfatizam que desenvolvimento verdadeiro
é a combinação de bem-estar atual + bem-estar futuro,
considerando desigualdade e sustentabilidade ecológica.
Na linguagem que venho construindo:
Memória do Futuro é a capacidade de o Estado se perguntar, hoje:
“O que esta decisão faz com o corpo social e com o planeta em 20–30 anos?”Desenvolvimento vivo é quando o Estado
se recusa a trocar décadas de equilíbrio
por quatro anos de crescimento predatório.
Um Estado JIWASA responsável:
trata clima, Drex Cidadão e Lixo Zero
como cláusulas metabólicas,
não como programas de governo que podem ser desmontados a cada eleição;usa orçamentos de bem-estar e indicadores de metabolismo social
como guia de política pública;cria instituições de Memória do Futuro
(Senado JIWASA, comissões intergeracionais, conselhos de biomas)
que funcionam como “córtex pré-frontal” da nação.
Quando isso se consolida,
a economia passa a receber sinais mais estáveis e confiáveis:
investidores percebem horizonte de longo prazo,
trabalhadores percebem que faz sentido qualificar-se,
comunidades percebem que vale lutar por seus territórios,
jovens percebem que há futuro possível além da tela e do hype.
5. Caminhos práticos para assumir-se Estado JIWASA
Resumindo, o que significa, na prática, assumir-se Estado Responsável JIWASA?
Constitucionalizar o metabolismo social
explicitar direitos a clima estável,
metabolismo circular de materiais (Brasil Lixo Zero 2040)
e rendimento metabólico mínimo (DREX Cidadão);reconhecer que destruir biomas e condenar gerações à precariedade
é violar o “corpo Estado”.Adotar orçamentos de bem-estar e indicadores “além do PIB”
incorporar métricas de saúde, educação, desigualdade, coesão social,
integrando-as com metas climáticas e materiais;inspirar-se em experiências da Economia do Bem-Estar
e da Economia Donut, adaptando-as à realidade brasileira e latino-americana.Criar e usar índices de metabolismo social
integrar dados de carbono, materiais, renda, tempo livre, violência,
saúde mental e participação cívica;usar esses índices para orientar decisões de investimento,
concessões, subsídios e políticas setoriais.Fortalecer o cidadão JIWASA
garantir acesso digital, transparência orçamentária,
consultas públicas e ferramentas de participação real;permitir que o cidadão acione o sistema de justiça
quando o Estado violar compromissos metabólicos básicos.Educar para a consciência metabólica
do bebê ao idoso:
mostrar que corpo, cidade, bioma e economia
são o mesmo sistema em escalas diferentes;ensinar que “progresso” não é consumir mais,
mas cultivar mais saúde, mais pertencimento e mais tempo de vida viva.
6. Fecho: ser Estado responsável é voltar a ser corpo
Quando eu olho para tudo isso, como Brain Bee,
vejo que a frase “Estado Responsável”
só faz sentido se a gente lembrar de onde veio:
Do ovo. Do corpo. Do metabolismo.
Um Estado que se assume JIWASA:
reconhece que a economia está dentro da biologia,
aceita que saúde não é custo, é base de tudo,
entende que futuro não é luxo, é condição de existência.
E, o mais importante:
Para melhorar economia, saúde e futuro comum,
não basta “governar melhor”.
É preciso sentir-se corpo –
sentir, na interocepção coletiva,
que cada decisão mexe com o metabolismo de todos.
Quando o Estado se assume JIWASA,
ele deixa de ser uma abstração distante
e volta a ser o que sempre foi, na origem:
Um corpo vivo em que cada cidadã e cada cidadão
são células com dignidade, energia e voz.
Referências pós-2020 (Estado responsável, bem-estar, economia viva e determinantes sociais)
Bartelet, H. A. (2025). Facilitating the Move Towards a Wellbeing Economy: The Role of Frontrunner Governments.
Trebeck, K. (2024). Getting Wellbeing Economy Ideas on the Policy Table. Earth4All Deep Dive Paper.
Wellbeing Economy Governments (WEGo). (2020–2024). Overview of Member Governments and Policy Practices.
Jansen, A. (2024). Beyond GDP: A Review and Conceptual Framework for Measuring Sustainable and Inclusive Wellbeing.
Liu, K. et al. (2024). A Comprehensive Beyond-GDP Database to Accelerate Research on Wellbeing, Inclusion, Sustainability and the Economy (WISE Database).
Kumar, K. (2023). Beyond GDP: Measuring the Value of Wellbeing. T20 Policy Brief.
Recordon, J. et al. (2025). The Doughnut Framework: From Theory to Local Applications.
Fanning, A. L. et al. (2025). Doughnut of Social and Planetary Boundaries Monitors a Safe and Just Development Space.
UNDP (2021). Trapped: Inequality and Economic Growth in Latin America and the Caribbean. Relatório Regional de Desenvolvimento Humano.
Faria, L. et al. (2023). Socioeconomic Inequality in Latin America and the Caribbean and the Social and Health Crisis.
PAHO/OPAS (2020). Social Determinants of Health in the Americas: Income, Inequality and Health Outcomes.
Inter-American Development Bank (IDB). (2025). How Social Determinants Shape Health in Latin America and the Caribbean: Insights from a New Report.
Supremo, Senado y Memoria del Futuro Pesos y contrapesos del metabolismo social frente a los 01s
Supreme Court, Senate and Future Memory Checks and balances of social metabolism against the 01s
Supremo, Senado e Memória do Futuro Freios e contrapesos do metabolismo social contra os 01s
Cláusulas Metabólicas en la Constitución Protegiendo Drex, clima y Basura Cero como patrimonio común
Metabolic Clauses in the Constitution Protecting Drex, Climate and Zero Waste as Common Heritage
Cláusulas Metabólicas na Constituição Protegendo DREX, clima e Lixo Zero como patrimônio comum
Senado JIWASA La casa de las generaciones futuras y de la Memoria del Futuro
JIWASA Senate The House of Future Generations and Future Memory
Senado JIWASA A casa das gerações futuras e da Memória do Futuro
Brasil Basura Cero 2040 Una ley nacional para el metabolismo de materiales
Brazil Zero Waste 2040 A national law for the metabolism of materials
Brasil Lixo Zero 2040 Uma lei nacional para o metabolismo de materiais
Crédito de Carbono Humano Del discurso verde al ingreso justo para el ciudadano
Human Carbon Credit From green talk to fair income for the citizen
Crédito de Carbono Humano Do discurso verde ao rendimento justo para o cidadão
DREX Cidadão como Derecho a Ingreso Metabólico Propuestas para la Ley Nacional del Ciudadano JIWASA
Drex Citizen as a Right to Metabolic Income Proposals for a National Law of the JIWASA Citizen
DREX Cidadão como Direito de Rendimento Metabólico Propostas para a lei nacional do Cidadão JIWASA
Región Basura Cero Consorcios intermunicipales y economía circular de Estado
Regional Zero Waste Intermunicipal consortia and State-level circular economy
Lixo Zero Regional Consórcios intermunicipais e economia circular de Estado
Créditos de Carbono y Pueblos del Territorio Leyes estatales para un metabolismo climático justo
Carbon Credits and Peoples of the Territory State laws for a just climate metabolism
Créditos de Carbono e Povos do Território Leis estaduais para um metabolismo climático justo
Estado JIWASA Planificación territorial como sistema complejo vivo
State JIWASA Territorial planning as a living complex system
Estado JIWASA Planejamento territorial como sistema complexo vivo
Ciudad Cero Residuos Concejales diseñando el metabolismo material del municipio
Zero Waste City Councilors Designing the Material Metabolism of the Municipality
Cidade Lixo Zero Vereadores desenhando o metabolismo material do município
DREX Ciudadano Municipal El rendimiento del Estado devuelto al Ciudadano JIWASA
Municipal DREX Citizen The State’s yield returned to the JIWASA Citizen
DREX Cidadão Municipal O rendimento do Estado devolvido ao Cidadão JIWASA
Memoria del Futuro en la Ciudad Concejales como arquitectos del metabolismo social local
Memory of the Future in the City Councilors as architects of local social metabolism
Memória do Futuro na Cidade Vereadores como arquitetos do metabolismo social local

Jiwasa Decolonial Politics Neuroscience
Senador Vereador Deputado Federal Estadual Joinville
NIRS EEG#Decolonial
#Politics
#Neuroscience
#NIRSEEG
#Hyperscanner
#EEG
#NIRS
#JiwasaState
#InclusiveDemocracy
#DecolonialFutures
#WellbeingEconomy
#SocialMetabolism
#ClimateJustice
#ZeroWaste2040
#FutureGenerations
#IndigenousKnowledge
#MetabolicRights
#LivingConstitution
#HumanCarbonCredit
#CBDCdeVarejo
#DREXcidadão