Apus: A Propriocepção Estendida – Neurociência Decolonial
Apus: A Propriocepção Estendida – Neurociência Decolonial
“Sentir o corpo é sentir a Terra; mover-se é mover o mundo.” — Jackson Cionek

A Consciência dos Umbus: Fé, Corpo e o Fazer Sagrado
Deputado Federal Joinville Neurociencia Decolonial
O Corpo como Território
A ciência costuma definir a propriocepção como o sentido que permite perceber a posição e o movimento do próprio corpo.
 Mas nas cosmologias ameríndias, o corpo nunca é separado do ambiente — ele é território,
 uma extensão viva do solo, das águas e dos ventos.
O conceito de Apus, aqui, amplia a propriocepção para além dos limites físicos do corpo.
 Apus é a propriocepção estendida: o sentir de si no mundo e o sentir do mundo em si.
 É o reconhecimento de que o corpo é, ao mesmo tempo, sujeito e paisagem —
 um sistema aberto de trocas entre o dentro e o fora, o biológico e o cósmico.
Mente Damasiana e percepção ampliada
Na perspectiva da Mente Damasiana, consciência surge da integração entre interocepção (o sentir interno) e propriocepção (o sentir posicional).
 O Apus surge quando essa integração se estende:
 quando a fronteira entre corpo e ambiente se dissolve em sincronia respiratória, térmica e emocional.
O ar que entra e sai, o som que ressoa, o calor que toca a pele —
 tudo isso é informação proprioceptiva expandida.
 É o corpo reorganizando o ambiente e sendo reorganizado por ele em ciclos de retroalimentação contínua.
Essa percepção estendida é o que chamamos de estado ecológico de consciência:
 quando o sistema nervoso deixa de buscar o controle e passa a sentir o fluxo do mundo como parte do seu próprio metabolismo.
O Corpo-Terra e a consciência ecológica
O corpo humano é um sistema de ritmos que ecoa os ritmos planetários.
 O batimento cardíaco sincroniza-se com as ondas respiratórias;
 os ciclos hormonais seguem os ciclos solares;
 e os fluxos de atenção acompanham a luminosidade do dia e o silêncio da noite.
Embora o Sol seja o principal modulador dos nossos ciclos circadianos,
 a luz refletida pela Lua exerce um efeito sutil, especialmente à noite.
 Durante as fases de lua cheia, o aumento da luminosidade pode atrasar o início do sono
 ou reduzir sua duração — um resquício adaptativo de quando o ser humano vivia sob luz natural.
 Mas é o Sol, com suas variações diárias de intensidade e espectro,
 que regula de forma precisa o relógio biológico humano:
 marcando a liberação de melatonina, ajustando a temperatura corporal
 e sincronizando o metabolismo energético com o ciclo claro-escuro da Terra.
Perceber o Apus é perceber essa dança invisível entre corpo e planeta.
 Cada passo no chão é uma reorganização do campo elétrico terrestre.
 Cada respiração é uma troca molecular com as árvores e o mar.
Quando tomamos consciência disso, deixamos de existir como indivíduos isolados
 e passamos a existir como células de um corpo maior — o corpo da Terra.
Sinapses elétricas e pertencimento cósmico
As sinapses elétricas, diferentes das químicas, permitem comunicação bidirecional e instantânea entre neurônios.
 Elas não esperam recompensas dopaminérgicas nem tempo de processamento.
 São puras conexões de presença — energia que vai e volta.
Essas sinapses são a metáfora fisiológica do pertencimento cósmico:
 o estado em que o humano não “usa” o ambiente, mas troca energia com ele.
 É o “tocar e ser tocado” das coisas.
Quando o sistema nervoso entra nesse regime de sincronia elétrica,
 a percepção se torna circular — o corpo sente o ambiente e o ambiente sente o corpo.
 Essa é a espiritualidade no fazer: agir sem separação, com fé na coerência do todo.
Neurociência Decolonial e ética do sentir
A visão colonial separou o corpo da natureza e a consciência da matéria.
 A Neurociência Decolonial restaura o elo perdido:
 mostra que o sentir é a linguagem comum entre todos os seres vivos.
A ética nasce do sentir.
 O sentir nasce do metabolismo.
 E o metabolismo é a dança da vida com a Terra.
Na prática, o Apus propõe uma nova ética neuroecológica:
 agir com consciência do impacto bioelétrico e emocional que cada gesto imprime no coletivo.
 Cuidar de si é cuidar do ambiente;
 pertencer é um ato biofísico e espiritual ao mesmo tempo.
Síntese
Apus é o sentido que une o corpo ao cosmos.
 É a propriocepção expandida que nos lembra que estamos sempre em relação —
 com o solo que pisamos, com o ar que respiramos e com o ritmo dos outros seres que coexistem conosco.
O corpo é o primeiro território da consciência;
 a Terra é o corpo ampliado onde essa consciência se reflete.
 Ao reconhecer o Apus, voltamos a sentir o mundo não como cenário,
 mas como parte viva do nosso próprio sistema nervoso.
Referências pós-2020
- Damasio, A. (2021). Feeling & Knowing: Making Minds Conscious. 
- Pereira Jr., A. (2021). Triple-Aspect Monism and the Unity of Mind and Body. 
- Khalsa, S. S., & Lapidus, R. C. (2023). Interoception and the Embodied Self. Nature Reviews Neuroscience. 
- Northoff, G. (2022). The Spontaneous Brain: From Mind–Body to World–Brain Relation. 
- Solms, M. (2021). The Hidden Spring: A Journey to the Source of Consciousness. 
- Tavares, D. et al. (2023). Embodied Cognition and Environmental Synchrony in Collective Behavior. 
- Cajochen, C. et al. (2021). Evidence That Lunar Cycle Modulates Human Sleep Under Natural Conditions. Science Advances. 
Cuando el Dinero Respira con la Tierra – Neurociencia Decolonial
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The Synchronicity of Belief in Money – Decolonial Neuroscience
A Sincronicidade da Crença no Dinheiro – Neurociência Decolonial
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Apus: The Extended Proprioception – Decolonial Neuroscience
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Human Quorum Sensing: The Science of Belonging – Decolonial Neuroscience
Quorum Sensing Humano: A Ciência do Pertencimento – Neurociência Decolonial
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Sinapses Elétricas e o Silêncio da Motivação - Neurociência Decolonial
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Metacognition: The Consciousness That Observes Itself
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Fruition and Zone 2: When Doing Becomes Being
Fruición y Zona 2: Cuando el Hacer se Vuelve Ser
Fruição e Zona 2: Quando o Fazer se Torna Ser
Los sentimientos como metabolismo estable
Sentimentos como Metabolismo Estável
Emociones como Bioelectricidad: Cuando el Cuerpo Piensa en Corriente
Emotions as Bioelectricity: When the Body Thinks in Current
Emoções como Bioeletricidade: Quando o Corpo Pensa com Corrente
Yãy Hã Miy: Imitarse Ser para Trascenderse Ser
Yãy Hã Miy: To Imitate Oneself to Transcend Oneself
Yãy Hã Miy: Imitar-se Ser para Transcender-se Ser
La Interocepción y el Sentir Original: Cómo el Cuerpo Aprende a Ser
Interoception and the Original Feeling: How the Body Learns to Be
A Interocepção e o Sentir Original: Como o Corpo Aprende a Ser
La Conciencia de los Umbu: Fe, Cuerpo y Hacer Sagrado
The Consciousness of the Umbu: Faith, Body, and Sacred Doing
A Consciência dos Umbus: Fé, Corpo e o Fazer Sagrado
El Huevo y el Origen del Pensar: El Cuerpo como Territorio del Pertenecer
The Egg and the Origin of Thought: The Body as a Territory of Belonging
O Ovo e a Origem do Pensar: o Corpo como Território do Pertencimento
 
A Consciência dos Umbus: Fé, Corpo e o Fazer Sagrado
Deputado Federal Joinville Sambaqui
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